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Lucro do Itaú Unibanco recua para R$ 5,18 bilhões no 1º trimestre de 2016

No mesmo período de 2015, lucro havia chegado a R$ 5,733 bilhões. Inadimplência cresceu sobre o 1º e 4º trimestres de 2015.

 

O Itaú Unibanco anunciou nesta terça-feira (3) ter registrado lucro líquido de R$ 5,184 bilhões no primeiro trimestre de 2016 – abaixo dos R$ 5,698 bilhões referentes aos três últimos meses do ano passado e dos R$ 5,733 bilhões verificados no mesmo trimestre de 2015.

 

Um salto nas provisões para perdas com inadimplência e receitas pressionadas devido à retração na carteira de crédito levaram o Itaú Unibanco a queda no lucro do primeiro trimestre.

 

No final de março, o saldo da carteira de crédito total do banco (quanto o banco pode emprestar) foi de R$ 554,252 bilhões, uma queda de 5,3% em relação ao trimestre anterior e de 4,2% frente ao mesmo período do ano anterior.

 

O índice de inadimplência das operações vencidas há mais de 90 dias cresceu 0,4 ponto percentual sobre o trimestre anterior e 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período
de 2015.

 

Com a alta do desemprego e dos pedidos de recuperação judicial de empresas numa economia em forte recessão, o banco fez provisões para perdas com calotes de R$ 6,4 bilhões, alta de 38,1% na base sequencial e de 43,7% sobre um ano antes. O número já deduz recuperação de crédito.

 

Em outra frente, o estoque de financiamentos do Itaú Unibanco, incluindo avais e fianças, caiu 4,8% contra o primeiro trimestre do ano passado, a R$ 517,484 bilhões. Sobre dezembro, a queda foi ainda maior, de 5,6%.

 

A contração foi liderada pelos empréstimos para compra de veículos (-31,2%), para grandes empresas (-9,8%) e das pequenas e médias (-9,9%), todos na comparação ano a ano.

 

Um efeito desse movimento foi o recuo na margem financeira, que somou R$ 16,6 bilhões no trimestre, montante R$ 207 milhões menor do que no trimestre passado.

 

 

As receitas com tarifas e serviços, de R$ 7,17 bilhões, avançaram 4,4% na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior, número bem abaixo da variação da inflação no período, de cerca de 10%.

 

Por outro lado, as despesas não decorrentes de juros, que incluem pagamento de salários, somaram R$ 10,2 bilhões de janeiro a março, recuo sequencial de 8% e aumento de 3,4% sobre um ano antes, também abaixo da inflação.

 

Mas isso foi insuficiente para impedir uma baixa de 4,5 pontos no retorno sobre o patrimônio líquido anualizado, de 19,7% no trimestre. Em termos recorrentes, a queda foi de 4,6 por cento do índice, que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas.

 

Fonte: Globo.com