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Desembolsos do BNDES caem 15% de janeiro a abril

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) caíram 15% no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com igual período no ano passado, para R$ 21,4 bilhões. Em abril, as liberações de crédito do banco foram de R$ 6,3 bilhões, 11% inferiores às de abril do ano passado. Para o banco, o desempenho ainda reflete o atual quadro recessivo do país.

Entretanto, a instituição destacou que há redução no ritmo de queda dos desembolsos do BNDES. Na primeira metade de 2016, as liberações caíram 42% ante o mesmo período do ano anterior. O segundo semestre mostrou retração mais amena, de 28%, em relação ao mesmo período de 2015. Agora, a queda de 15% nos quatro primeiros meses de 2017 mantém a tendência, assinalou o banco.

A maior parte dos desembolsos do primeiro quadrimestre foi para a infraestrutura, que respondeu por quase 37% do total com R$ 7,9 bilhões liberados, seguido por comércio e serviços, com 22,2% (R$ 4,746 bilhões); indústria com 20,9% (R$4,475 bilhões); e agropecuária, com 20,1% (R$ 4,288 bilhões).

As consultas, primeiro passo para pedido de financiamento e espécie de medidor do interesse do empresariado para investimento mostraram recuo de 27% no primeiro quadrimestre do ano ante igual período no ano passado, para R$ 27,477 bilhões. Os enquadramentos por sua vez caíram 22% no período, para R$ 24,640 bilhões. Já as aprovações ficaram estáveis no período, em R$ 18,191 bilhões.

Indústria

Os desembolsos do BNDES para a indústria caíram 35% de janeiro a abril deste ano ante igual período no ano passado, para R$ 4,475 bilhões. Já as consultas de empréstimo do setor industrial junto ao banco, no mesmo período de comparação, diminuíram 61% para R$ 4,850 bilhões. As consultas são o primeiro passo para pedido de crédito junto ao BNDES e funcionam como espécie de medidor do interesse do empresariado para novos investimentos na economia.

Todos os grandes setores registraram recuo nas liberações de empréstimo, nos primeiros quatro meses do ano ante igual período do ano passado. Além da indústria, houve queda na agropecuária (de 1%, para R$ 4,288 bilhões); infraestrutura (de 9%, para R$ R$ 7,871 bilhões); e comércio e serviços (de 9% para R$ 4,746 bilhões).

No caso das consultas, houve queda de 19% em infraestrutura, para R$ 11,476 bilhões; aumento de 1% para comércio e serviços, para R$ 6,428 bilhões; e estabilidade em agropecuária, para R$ 4,723 bilhões.

Fonte: Valor Econômico