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Déficit do setor público aumenta para R$ 26,6 bilhões em setembro

Brasília – (Atualizada às 11h) – O setor público consolidado registrou déficit primário em setembro de R$ 26,643 bilhões, o pior resultado para o mês desde o início da série do Banco Central (BC), em dezembro de 2001. Um mês antes, o saldo negativo estava em R$ 22,267 bilhões. Em setembro de 2015, o déficit tinha somado R$ 7,318 bilhões.

Em setembro, o governo central e os governos regionais apresentaram déficits primários de R$ 26,5 bilhões e R$ 298 milhões, respectivamente, enquanto as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 154 milhões.

Com isso, medido em 12 meses, o governo registra piora no déficit primário, que somou R$ 188,327 bilhões, ou 3,08% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos 12 meses anteriores, o montante correspondia a 2,78% do PIB.

No ano até setembro, o déficit ficou em R$ 85,501 bilhões (1,86% do PIB) e só não foi maior porque os Estados e municípios mostram superávit fiscal de R$ 10,015 bilhões no período. O governo central teve déficit de R$ 94,476 bilhões.

Entre janeiro e setembro de 2015, o déficit acumulado do setor público consolidado estava em R$ 111,249 bilhões, o correspondente a 1,88% do PIB.

No conceito nominal de resultado fiscal, que inclui os gastos com juros, houve déficit de R$ 67,100 bilhões em setembro e de R$ 380,535 bilhões no ano. Em 12 meses, o rombo foi de R$ 576,827 bilhões, ou 9,42% do PIB, queda de 0,22 ponto percentual do PIB em relação ao valor registrado em agosto.

No mês de setembro, o resultado nominal considera uma conta de jurosque totalizou R$ 40,458 bilhões e o déficit primário de R$ 26,643 bilhões.

No acumulado no ano, a despesa com juros foi de 295,033 bilhões, equivalentes a 6,43% do PIB estimado para o período. Até agosto, o pagamento de juros equivalia a 6,86% do PIB. Em 12 meses, o gasto com juros somou R$ 388,500 bilhões (6,35% do PIB).

Os dados não incluem Petrobras e Eletrobras. Os bancos estatais também não entram na conta, pois as estatísticas se referem ao setor público não financeiro.

Fonte: Valor Econômico